terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Eu sei que ela não quer falar sobre esse assunto, e o pior é que eu imagino todos os seus pensamentos e todas as suas divagações. Ela não sabe que eu estou dentro de seus pensamentos, e que todos os desejos dela: eu decifro. Ela só sabe que eu a amo, mas não entende que não é coisa passageira. Não é dor que dá e passa. É eterno, por mais patético que pareça. E a minha esperança não é que ela um dia me queira como a quero a cada segundo, minha esperança é que ao menos ela pare para pensar em tudo isso, em toda a nossa história, e não fique o dia inteiro enlaçada em uma samambaia perfurada. Ela não leva a sério, ela não leva a sério, ela não leva a sério. Ou foi eu que me coloquei em grande patamar? Eu quero sumir. Sim. Sumir daqui, e de perto dela. Para não ver samambaias ou búfalos a agarrarem extravagantemente. Eu sei que não vou roubar essa mulher pra mim, ela vai ser minha eterna menina, minha eterna estrela matutina, minha eterna flor de maracujá. Ligue-me a qualquer hora, quando precisar de um tolo para te ajudar. Guerra.

Dê-me algo mais que lágrimas
Não mais palavras amigas e confortáveis
Deixe eu ficar no mesmo nível que todos os outros
E não me compare com o meu amigo fumante,
Ele não te ama, tanto quanto eu.
Afaste-se, para eu não ver a eterna união de uma panda e uma samambaia.
Deus não dá asas a minha cobra
Mas um dia dará...
E não se preocupe
Eu não vou ser tão macho para não te querer mais
Eu vou ser o imbecil que sempre vai voltarO imbecil a espera do panda deitado sobre a samambaia

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